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Opinião: CASSEMS, qual a próxima surpresa?

Opinião: CASSEMS, qual a próxima surpresa?

Os beneficiários da CASSEMS têm vivido tempos de angústia, sempre à espera de uma nova surpresa desagradável da atual gestão.

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Diante da clara demonstração de insatisfação por parte dos beneficiários, o Presidente da CASSEMS tem se esforçado para limpar sua imagem nos meios de comunicação.

No entanto, a realidade longe das câmeras é que está cada vez mais difícil marcar consultas quando se informa que o convênio é da CASSEMS. A taxa que garantiria atendimento odontológico de qualidade não trouxe a qualidade esperada, e agora nem os dentistas conseguem marcar consultas, o que resultou no aumento da taxa para algumas categorias (municipais e agregados).

Coisas estão acontecendo!

Hoje, uma notícia chamou a atenção.

Uma reportagem, com tom de elogio, daquelas que só tecem elogios… Trouxe nas entrelinhas motivos para ficarmos atentos!

A matéria publicada no Jornal Do Servidor Público MS, dirigido ao funcionalismo estadual, no dia 31 de janeiro de 2025, faz os elogios de sempre, as desculpas de sempre e a reclamação de sempre, e agora arrumou um novo bode expiatório para culpar, ou melhor, para cobrar.

A impressão que se tem ao ler a matéria é a de que a CASSEMS descrita não é a mesma vivenciada por nós.

A CASSEMS na luta contra a crise sem fim

Sempre a crise pós-COVID, que, ao que parece, só afetou a CASSEMS, pois ela precisa de cada vez mais dinheiro para cobrir o gasto que teve lá em 2021/2022. E você, beneficiário? Não passou pela crise? Não sofreu com a alta de preços?

Se fôssemos imortais, passariam 200 anos e o Presidente Ayache estaria reclamando dos custos que a CASSEMS teve na pandemia.

Protegendo os beneficiários da crise financeira

Como assim protegendo o beneficiário, se até médico é difícil de marcar? E o aumento da “Aytacha” de R$ 35,00 para R$ 60,00, que atingiu os beneficiários municipais, seus dependentes e agregados dos servidores estaduais? É assim que protege, cortando cada vez mais e oferecendo cada vez menos?

Agora vamos ao que diz o texto…

Em um trecho, diz: “…muitas demandas específicas do servidor público podem ser tratadas diretamente com os conselheiros ou até mesmo com a presidência, não passando por uma direção nacional, por exemplo.”

Ué, o plano é estadual, e se fosse realmente eficiente, as demandas dos beneficiários seriam resolvidas no trâmite normal do plano. Esse papo de tratar com conselheiro, com presidentes, com alguém que possa ter influência, só gera clientelismo, uma vez que todas essas figuras sempre estão envolvidas com eleições de entidades de classe, política etc. Nós queremos atendimento de qualidade sem ter que ficar pedindo a bênção e falando dos meus problemas de saúde particulares para conselheiro nenhum. Afinal, estamos pagando para sermos atendidos pelos médicos.

Outro ponto que chamou a atenção:

“Além disso, muitas vezes o Poder Executivo utiliza adicionais — plantão, auxílios transporte e alimentação, diária, entre outros — para negociar melhorias para as categorias, o que não entra na base de cálculo para o desconto da Cassems e nem influencia diretamente na aposentadoria do servidor público.”

Partindo do ponto de que a matéria é uma peça de publicidade positiva e parece feita sob encomenda, entendemos o seguinte: a CASSEMS tem que ter acesso para descontar até em cima de gratificações e bonificações do funcionalismo? Querem mais dinheiro? Virou festa? (Festa parece ser algo que a CASSEMS entende bem, né…)

Mas agora ficou uma sombra, pois cada vez é uma novidade pior. O que ninguém fala é do quanto se gasta, qual o custo de cada funcionário? Por que os médicos estão debandando e os que restam evitam dar vagas ao plano? Afinal, quanto ganham a diretoria e esses conselheiros que deveriam atender às nossas demandas, mas que parecem estar lá apenas para dizer sim ao Presidente Ricardo Ayache?

Não é a primeira vez que vemos representantes de entidades de classe que têm conselheiros dentro da CASSEMS defenderem que o problema do custo do plano se deve aos valores dos salários, insinuando que a luta do beneficiário deve ser direcionada a cobrar o governo. Quando a insatisfação é por estarmos pagando cada vez mais, com o atendimento real (não esse de post de internet, de perfumaria) está piorando. Há cidades onde a CASSEMS é só um prédio, muito bonito e fechado; para ser atendido, é preciso ir para outra cidade. Mas o desconto, ah, esse não tarda, muito menos falha! Todo mês está lá, certinho.

Ou seja, o presidente adora fazer comparações com outros planos, mas nunca se lembra de que ele não enfrenta inadimplência como os outros planos, nunca coloca a contribuição patronal na conta do plano mais barato e que todo reajuste e progressão de salário que cada categoria tem, a CASSEMS é automaticamente beneficiada. Dessa forma, é possível até questionar se, não fossem essas condicionantes, o Presidente Ayache conseguiria manter essa aparência de ótimo gestor. Pois, com tudo isso, ainda vive chorando que falta dinheiro.

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Larissa Rodrigues, Mãe, policial militar, cavalariana, escritora, associada CASSEMS e com realidade nos olhos!

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